segunda-feira, 4 de maio de 2015

violino eletrico

Sim! É isso mesmo… o Violino Elétrico está invadindo o Violino , e por que não? A partir de hoje, serei seu correspondente nas ‘cordas elétricas’. E nesse primeiro post tenho uma tarefa árdua, vou tentar desmitificar os inúmeros preconceitos sobre o Violino Elétrico. Afinal, a maioria de nós, violinistas, já o comparou ao Acústico. Só que ninguém discute qual o melhor entre Violão X Guitarra, Piano X Teclado e até Contrabaixo X Baixo Elétrico. Afinal, cada um já tem seu nicho, já são instrumentos consagrados, todo mundo já sabe pra quê servem e  pra quê vieram. Já o nosso Violino Elétrico ainda é um instrumento desconhecido, raro até. E essa desinformação acabou criando os seguintes mitos:
Mito 1) O som do Violino Elétrico é ruim.
É uma pena que a maioria dos Violinistas, quando tem acesso a um Elétrico, acabam por tocar um Violino de baixa qualidade. Tenho um Zeta a quase 15 anos, e recentemente pude tocar um Sojing. Além do instrumento ser bem pesado, o som dele é horrível mesmo. Tá mais pra uma rabeca elétrica. Para conseguir um som encorpado, só com  Violinos Elétricos de marcas consagradas, como Zeta e Yamaha. Entretanto os Violinistas em geral se queixam que o som do Elétrico é ruim devido ao seguinte mito:
Mito 2) O som do Violino Elétrico é artificial.
SIM! E quem falou que o som do Elétrico deve ser igual ao do Acústico? Violino Elétrico não é apenas um Violino Acústico ‘eletrificado’. Afinal, uma Guitarra desligada não soa como um Violão. O som é diferente mesmo, por diversos motivos (que vou exemplificar num outro post). Esse é o grande paradigma: Violino Elétrico é OUTRO instrumento.
Mito 3) O Violino Elétrico deve ser tocado sem efeito.
Você já viu algum guitarrista tocar sem nenhum pedal (efeito)? O som de qualquer instrumento elétrico não fica bom sem efeito, e com o Violino não é diferente. O som do Elétrico não reverbera da mesma forma que o do Acústico (explico em outro post) e, no mínimo, é preciso equalizar (e jogar um reverbsinho…) para que este fique agradável.
Mito 4) Tocar Violino Elétrico é igual à tocar o Acústico.
Num primeiro momento parece que sim mas, depois de 13 anos tocando Violino Elétrico eu te garanto, não é! Como o som é diferente, a forma de chegar até esse som (ataques de arco / ligação entre notas / combinação com os efeitos) também é diferente. Ao se tocar o Violino Elétrico como se fosse um Acústico não se alcança todo potencial do instrumento.
Mito 5) O Violino Elétrico veio substituir o Acústico.
Este é um erro bem comum. Algumas tecnologias realmente substituem antigas, mas outras são paralelas e ampliam a área dos mesmos. Um bom exemplo é do Video-Cassete: quando ele surgiu imaginou-se que os Cinemas sumiriam. O Cinema está aí até hoje; já o Video-Cassete não, foi substituído pelo DVD, uma tecnologia mais nova. Da mesma forma, as versões elétricas dos instrumentos nunca substituíram seus irmãos Acústicos, eles só ampliaram as possibilidades dos músicos.
O que acontece então é que, num primeiro contato, um Violinista tradicional toca um Violino Elétrico de baixa qualidade, desligado, sem efeitos, como se fosse um Acústico esperando o som de um Violino Acústico! E não, não é igual. É bem diferente mesmo. E tem outra, o nome ‘Violino Elétrico’ também não ajuda. Guitarra não é ‘Violão Elétrico’, Teclado não é ‘Piano Elétrico’. Talvez se se chamasse ‘Keman’ (violino na lingua Turca) os Violinistas já veriam o Elétrico de uma forma diferente, sem preconceito, como um instrumento independente. Sabendo que este surgiu para ampliar a gama sonora do nosso querido Violino. fonte : violino vermelho

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